Brasil Gambiarra.

” A música é a língua materna de Deus. Foi isso que nem católicos, nem protestantes entenderam, que em África os deuses dançam. E todos cometeram o mesmo erro: proibiram os tambores. Na verdade, se não nos deixassem tocar os batuques, nós os pretos faríamos do corpo um tambor, ou mais grave ainda, percutiríamos com os pés sobre a superfície da Terra, e assim abrir-se-iam brechas no mundo”. Mia Couto.

Os blocos ainda desfilam na minha cabeça, mas a homenagem e para nossas batucadas, para o tambor.

O sagrado e o profano continuam num belo emaranhado e o sincretismo desse a ladeira.
E nas nossas primeiras ladeiras que nasce o AFOXÉ, o candomblé de asfalto que surgiu na Bahia, uma das primeiras manifestações da cultura negra. História de luta e resistência do povo negro principalmente da religiosidade do candomblé, que a muitos anos batuca e dança nas ruas refletindo os orixás e levando conhecimento para as pessoas. Conhecimento esse dos nossos ancestrais.
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Técnica mista acrílica e spray sobre tela, 0,90 x 1 metro.

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