Céu de quadros

A pintura parte de um print de uma imagem publicada temporariamente, para representar aquele que é, pessoa comum, o objeto de uma paixão. O boné, o fone, a camisa do time, a paisagem… Tudo como a foto publicada. Contudo, a mulher é incluída na imagem, como se estivesse “na casa”, diante de um espelho, presa em um imaginário, em outra dimensão, ou como se procurasse viver aquilo tudo que, concomitantemente, outro alguém vive. A mulher sobrevive dos aromas dos quadros que registram o passado (aí, o babuíno, um animal divino, com as cores que não saem da mente). Ou, ainda, é uma mulher que reza para santos inéditos, agora, para Iemanjá, com direito a uma vela branca que, como ela, também chora.

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